terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Curso (parte 2)

Foi durante Dezembro passado que se realizou mais uma parte do curso de sobrevivência ministrado aos alunos do Curso Técnico de Segurança e Salvamento em Meio Aquático.
foi um fim-de-semana muito frio e com muita chuva. Se por um lado não ajudou a tarefas como o fogo, por outro, proporcionou um extremo trabalho contra a hipotermia, particularmente no abrigo.
Foram dadas técnicas de fogo, como a em T, montagem de Tarp, basha inglesa e outros métodos de circunstância como abrigo. Foi abordada a naveação nocturna, filtragem e purificação de água, entre outras.
Um dia bem passado, com um bom feedback dos alunos.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Bug-Out-Bag


Em situações de crise (catástrofes ou outras), pode haver a necessidade de nos evadirmos, abandonando tudo o que temos (casa, carro, etc), devido à falta de segurança desses locais. Contudo, devemos preservar a nossa sobrevivência. Nesses acontecimentos, a falta de comunicação, acessos, água potável, alterações ambientais, entre outros factores, podem condicionar em maior ou menor escala a nossa vida.
Utilizando um princípio básico da sobrevivência, a preparação, devemos construir um kit de evasão e sobrevivência. Normalmente na forma de uma mochila, o Bug-Out-Bag (ou simplesmente BOB), é preparado no intuito de satisfazermos as necessidades mínimas, até chegar socorro ou resgate.
Muito habitual nos militares e agentes secretos, e tal como o nome indica, é um saco que, quando temos de fugir, é a única coisa que pegamos antes da evacuação.
Não obstante a nossa sobrevivência, e atendendo à alta probabilidade de encontrarmos muitos feridos, é nossa obrigação moral e humana prestar socorros e orientação a essas pessoas. Daí, ache que o kit de primeiros socorros deva ser reforçado.
É mais ou menos convencionado que o BOB seja elaborado para uma sobrevivência de 72 horas, todavia, e ponderando a relação quantidade peso, ele pode visar uma ausência mais alargada.
Algumas peças que o BOB deverá conter: identificação, algum dinheiro, corda, fita adesiva, faca, serra, machado, canivete multi-funções, água, comida enlatada ou desidratada, rádio, isqueiro, pedernal, arame, kit 1º socorros, pastilhas potabilizadoras de água, toalhetes de higiene, lanterna, sacos de plástico, impermeável, manta isotérmica, entre outros...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sinalização

Após um episódio que implique sobrevivência, por exemplo, um acidente de viação no deserto, um avião que se despenha, um naufrágio, um dos erros comuns (dos primeiros a estar presente nas pessoas), é o de abandonar o local, por vários motivos: descobrir o caminho, ir para algum sítio, procurar alguém, procurar algo, etc. Quando, na realidade, a primeira coisa a fazer, salvo se a segurança estiver em causa, é providenciar medidas de sinalização. Porque, ainda que mal preparada a viagem (especialmente ao não avisar alguém) alguém nos há-de vir procurar (havemos de faltar em algum sítio). E quando passa um avião, um helicóptero ou um barco, nós temos mesmo de nos fazermos ver.
A título de exemplo, pense-se num naufrágio, por incêndio, em que a embarcação tem de ser abandonada por risco de explosão ou queimaduras graves. Após nos afastarmos, devemos voltar a ela, o mais rapidamente possível. Já muitas embarcações foram encontradas abandonadas e a flutuar, quando os sobreviventes continuam à deriva.
À noite, ocorre um paradoxo interessante. É que se por um lado é mais difícil nos verem, por outro, com o correcto equipamento ou técnicas é mais fácil fazer-nos ver. Isto toma maior importância no mar, quando a miníma ondulação tapa facilmente uma balsa salva-vidas ou outra embarcação. Contudo, ao avistarmos salvamento, devemos agir no timming perfeito, para que de facto nos vejam. Um navegante que sobreviveu mais de 4 meses numa balsa, falhou 2 vezes a sinalização perante um navio, mesmo lançando sinais luminosos.
Este vídeo demonstra algumas técnicas de sinalização nocturna.

Alimentação

Muitas pessoas não sabem ou esqueceram que os nossos antepassados foram caçadores, antes de serem produtores.
A sua posição perante os alimentos era de colectores. Eles colhiam alimentos conforme a necessidade. Nos últimos anos, com a introdução da agricultura e da cultura animal, tendemos a produzir e armazenar (para não falar na manipulação), assumindo estatutos que não nos pertencem. Quem produz é a Natureza, nós devemos partilhá-la, com tudo o que ela nos dá, com os outros seres vivos.
Com esta (in)evolução, fomos perdendo o poder de ouvir e sentir o nosso corpo, recebendo e processando as suas mensagens de necessidade, funcionamento e prazer. Daí, entrarmos num super-mercado, com uma lista do que devemos comprar para comer, para consumir, sem olharmos para as coisas e perceber se estão, naquele momento, compatíveis com as nossas necessidades. Todos deveríamos tentar entrar na Natureza, ou no super-mercado e adquirir, consumir o que realmente necessitamos. Hoje um peixe, porque parece fresco e porque me despertou interesse, e umas batatas. Amanhã um bife com vegetais. Isso é diversificar a nossa alimentação, sem acumular stocks, ou sobrecarregar o organismo.
Tal como faziam os nossos antepassados.
Deixar o corpo orientar as necessidades, de forma natural, tal como a Natureza, pois dela somos uma parte...

2010

Gostava de iniciar este ano com uma mensagem, que existe há mais de 100 anos e que fará sentido durante outras tantas centenas de anos:
"Somo nós que pertencemos à Natureza e não ela que nos pertence a nós".