quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hipotermia por imersão, resgate


O manuseamento da vitima de imersão, aquando do resgate pode ser um momento crítico.
Um corpo imerso, está sob a pressão hidrostática, que é proporcional à profundidade. Ou seja, quando uma vitima se encontra imersa, a pressão nela exercida pelo líquido é maior nas pernas que no tronco. Essa diferença, que mantida no tempo (durante a espera de socorro num naufrágio) aumenta e se consolida, pode tornar-se um factor fatal.
O que acontece é que se conjugam 2 factores importantes: o frio e a pressão hidrostática, que provocam uma concentração do sangue no tronco e cabeça, junto aos orgãos vitais. Ora se isso pode ajudar a manter as funções vitais, na hora do resgate pode jogar contra a vítima (principalmente no resgate aéreo). No momento em que a vítima é içada da água, o aliviar (diferença) de pressão causa um deslocamento do sangue para as pernas, afastando-se rapidamente do tronco. Isto causa uma grande e brusca redução da temperatura e volémia, que muitas vezes causa a morte.
Durante anos a Royal Navy (inglesa) via morrerem muitos náufragos nos seus resgates (porque era içados na vertical), até que um cirurgião se submeteu ele próprio a um resgate, submerso em águas frias. Verificou o que foi explicado e é por essa razão que, hoje, as vitimas são içadas na vertical.
Este exemplo deve estar sempre presente na hora de retirar alguém de água fria. E a pergunta: "há quanto tempo está submersa?" antes de a retirar, não se torna descabida de prepósito.